Pensamento Sistêmico Multimodal

Se o homem se estudasse a si mesmo antes de mais nada, perceberia logo a que ponto é incapaz de alcançar outra coisa. Como poderia uma parte conhecer o todo? Mas a parte pode ter, pelo menos, a ambição de conhecer as partes, as quais cabem dentro de suas próprias proporções. Mas as partes do mundo têm todas tais relações e tal encadeamento umas com as outras que considero impossível compreender uma sem alcançar as outras, e sem penetrar o todo (PASCAL, 1979, p. 55, pensamento 72).

A consideração do caráter pluriaspectual e multifatorial da sustentabilidade abre caminho para novos diálogos e propostas, que buscam repostas para questões como:

  • Qual modelo teórico nos permite contemplar de maneira transdisciplinar e intradisciplinar os diversos aspectos e fatores relacionados com a noção de sustentabilidade?
  • Como estes elementos se inter-relacionam? Como podem ser explorados qualitativamente e identificados na realidade empírica, em problemáticas reais, em regiões específicas que cotidianamente enfrentam as consequências do atual modelo economicista de produção, a desigualdade social, a degradação ambiental?
  • Como a sociologia pode contribuir de modo mais pleno para o tratamento destas questões?
  • Como estes elementos podem ser compreendidos a partir da percepção de agentes sociais locais?

O Pensamento Sistêmico Multimodal (PSM), desenvolvido pelo casal de pesquisadores Donald e Veronica De Raadt – doravante chamados apenas De Raadt – reunindo conhecimentos da filosofia, teologia, cibernética, administração, sociologia, tecnologia da informação, parece ser um ponto de partida viável para o desenvolvimento de respostas a esta complexa demanda. O presente capítulo, portanto, propõe-se a apresentar uma introdução geral do PSM, contemplando os principais pontos abordados pelos autores em diversas de suas obras e artigos, enfatizando os elementos teóricos que possam viabilizar a utilização do PSM de modo especificamente intradisciplinar, ou seja, interessa-nos investigar o potencial de incorporação e aplicabilidade de categorias analíticas sociológicas ao PSM, que inicialmente foi criado para ser uma proposta transdisciplinar de pesquisa.

Breve histórico

De Raadt incorporam, adaptam e expandem elementos da:

  • Abordagem normativa da Ciência Sistêmica, oferecida por Ludwig Von Bertalanffy (1901 -1972) e seus sucessores;
  • Teoria dos Sistemas Viáveis, desenvolvida pelo britânico Stafford Beer (DE RAADT, 1991);
  • Teoria Geral das Esferas Modais, elaborada pelos filósofos cristãos holandêses Herman Dooyeweerd1(1894-1977) e Dirk H. Th. Vollenhoven (1892-1978).

Recentemente, o PSM está sendo adaptado pelos pesquisadores argentinos Francisco Alejandro Casiello e Juan Manuel Villarruel para compor uma abordagem que chamam de Hermenêutica Sócio-Política Omni-Compreensiva (CASIELLO, 2011). Igualmente, a teoria originalmente proposta por Dooyeweerd está sendo aprimorada por diversos pensadores, como o filósofo sul-africano Danie Strauss, que além de editor chefe de suas obras para a língua inglesa é considerado atualmente um dos maiores peritos no pensamento dooyeweerdiano, e o americano Roy Clouser, especialista em filosofia da religião2.

A matriz multimodal

No que diz respeito à sustentabilidade socioambiental, e tudo que pode ameaçá- la, é fundamental uma compreensão desta realidade como um todo, bem como suas partes e inter-relações. Além de uma visão prévia do todo, este processo requer, necessariamente, uma nova forma de pensar (DE RAADT, 2000, p. 26). Esta necessidade também foi percebida por Dooyeweerd. Para desenvolver seu sistema filosófico, Dooyeweerd partiu da compreensão de que o papel da filosofia é o de investigar e abordar a diversidade, as dimensões, e as inter-relações do cosmo (KOK, 1998, p. 1). Segundo ele, a diversidade encontrada na realidade empírica é possibilitada por diversos aspectos ônticos, modalidades3 (modos de ser fundamentais) – que formam diversos tipos de leis naturais e princípios normativos criados e sustentados por Deus4, e que juntos compõem uma cosmonomia5. Neste sentido, a ideia de lei aplicada aqui não possui ca- ráter restritivo ou punitivo, mas viabilizador, que através da matriz multimodal a tudo possibilita existência e funcionamento. A partir de seus estudos, Dooyeweerd e Strauss, identificam quinze modalidades que se apresentam numa ordem sucessiva, de modo que as anteriores alicerçam as posteriores, compondo uma estrutura única, coerente e indissociável. Já De Raadt identificam dezoito modalidades, que serão contempladas em nossa exploração introdutória.

As modalidades também possuem um núcleo de sentido, uma essência única e exclusiva, que qualificam os conjuntos de leis6 nelas presentes. Isto posto, temos a seguinte configuração em ordem crescente:

  1. distintiva (distinção);
  2. quantitativa (magnitude);
  3. espacial (extensão);
  4. cinemática (movimento);
  5. física (energia);
  6. regulatória (equilíbrio);
  7. biótica (vida);
  8. sensitiva (sensitividade);
  9. fiducial (crenças);
  10. histórica (poder formativo);
  11. informacional (significação simbólica);
  12. epistêmica (sabedoria);
  13. social (sociação)7;
  14. econômica (frugalidade);
  15. operacional (vocação);
  16. jurídica (obrigação);
  17. estética (harmonia);
  18. ética (ágape)8.

A matriz multimodal é universal e possibilita, sem exceção, a existência de entidades naturais e sociais, eventos, ações, conceitos, noções, as diversas instituições sociais e os vários tipos de relacionamento presentes na sociedade, enfim, todas as coisas9(DOOYEWEERD, 1986, p. 61).

Figura: Modalidades, Sistemas e Saberes.

A matriz multimodal, portanto, permite a contemplação de questões relacionadas ao desenvolvimento sustentável de comunidades de maneira transdisciplinar e intradisciplinar, como veremos a seguir, contemplando toda sua complexidade e, por este motivo, foi incorporada ao PSM. Quanto à identificação das modalidades, De Raadt, Casiello e Strauss concordam que a emergência histórica das várias ciências especiais é uma possível indicação indireta de sua existência (CASIELLO, 2000; DE RAADT; DE RAADT, 2008, p. 301; STRAUSS, 2009, p. 75). Esta observação não desconsidera, obviamente, diversas disciplinas que não se restringem apenas a uma modalidade específica, como é o caso da sociologia.

De modo negativo, uma compreensão incorreta do núcleo de sentido ou dos aspectos de uma modalidade pode ser percebida indiretamente por meio de problemas sociais, que podem refletir positivações realizadas com base numa percepção errônea da realidade empírica e da experiência humana. Isto significa que, em alguma medida, o processo de distinção modal pode ser aferido criticamente pela reflexão sociológica, percepção particularmente cara ao pensamento sociológico porque se orienta pela busca de uma percepção crítica da ação humana e da sociedade.

Por exemplo, De Raadt citam alguns problemas relacionados com a identificação da noção de utilidade ou de maximização – ao invés de frugalidade – como o núcleo de sentido da modalidade econômica. Segundo ele: Pessoas em países capitalistas ricos cresceram acostumadas a considerar a ordem econômica como algo que existe com o único propósito de satisfazer seu desregramento e extravagância; isso se manifesta na posse de dois ou três carros quando um é suficiente, comendo além do necessário, e, em contrapartida, gastando dinheiro com programas de perda de peso, dirigindo quando se pode andar e investindo em demasia em sistemas de calefação caseiros quando é possível vestir mais agasalhos para se aquecer, e, assim, poupar energia. A frugalidade, por outro lado, conduz à moderação, de forma que nossas necessidades são supridas enquanto, ao mesmo tempo, proporcionamos o suficiente para outras pessoas e para a natureza (DE RAADT, 1991, p. 27, tradução nossa).

O processo de identificação modal, juntamente com seus núcleos de sentido, deve ser cuidadoso, crítico e requer erudição filosófico-científica10.

Explorando as modalidades

Exploraremos agora as modalidades a partir de sua ordem na escala modal. Primeiramente, de modo sucinto:

  • Elas serão apresentadas enfatizando suas características epistemológicas principais observando seu núcleo de sentido.

  • Elencamos alguns fatores especificamente relacionados com a ideia de sustentabilidade, isso não significa que eles necessariamente estejam presentes na abordagem que rea- lizaremos, são apenas exemplos que podem ser considerados ou que podem auxiliar os pesquisadores no processo de identificação de fatores locais. Estes exemplos foram apresentados pela pesquisadora Patrizia Patrizia Lombradi (BRANDON; LOMBARDI, 2005, p. 81-2).

  • Elaboramos algumas perguntas que podem facilitar o processo de identificação de fatores a partir de características das modalidades.

Distintiva (distinção)

Segundo Casiello (2000), esta modalidade possibilita o reconhecimento “da unidade e da multiplicidade, do idêntico e do diferente” (CASIELLO, 2000, p. 15, tradução nossa). Não se trata, portanto, de uma lógica matemática, de cálculo, mas constitui o fundamento que ordena a realidade e tudo o que ela pode conter11.

Quantitativa (magnitude)

  • Possibilita o aspecto quantitativo da realidade e a ordem numérica em suas direções positivas e negativas. Neste sentido, compreende-se que um numeral per se é uma abstração teórica que corresponde a uma dada quantidade.
    • Contabilidade
    • Quantos? Todas as medições e avaliações foram feitas corretamente?

Espacial (extensão)

  • Fundamenta-se na modalidade numérica (DOOYEWEERD, 1984a, p. 85) e tem por núcleo de sentido a extensão contínua, que não pode ser reduzida à noção de magnitude nem à percepção sensorial de espaço (DOOYEWEERD, 1984a, p. 86). Neste sentido, a extensão contínua pressupõe magnitude (aspecto quantitativo) e ordem (aspecto distintivo).
    • Territórios, Espaços, Forma e Extensão.
    • Quão grande? Há cobertura, solução, resposta adequada em detalhe e alcance?

Cinemática (movimento)

  • A intuição pura de movimento apresenta-se como fluxo contínuo a partir da percepção de momentos temporais sucessivos (DOOYEWEERD, 1984a, p. 93).
    • Transporte e Mobilidade.
    • Quão rápido? Quais processos, fatores, são constantes nesta situação?

Física (energia)

  • Tem por núcleo de sentido a energia em operação, ativa, seja ela atualizada ou em potência, o que implica relações de causalidade (DOOYEWEERD, 1984a, p. 99), pois em todas as suas formas ela é causa de mudanças físicas12(STRAUSS, 2009, p. 89).
    • Ambiente Físico, Massa e Energia.
    • Quão reativo? Há algum uso efetivo, não poluente, sustentável, dos recursos naturais?

Regulatória (equilíbrio)

  • Modalidade que também pode ser chamada de cibernética. É responsável pelos processos de autorregulação necessários à manutenção de certos estados de equilíbrio (DE RAADT, 2000, p. 34).
    • Auto regulação, Equilíbrio Ecossistêmico.
    • Quão equilibrado? Todos as inter-relações entre as modalidades estão bem balanceadas?

Biótica (vida)

  • Seu núcleo de sentido é a vida, que possibilita as funções e processos necessários à manutenção dos seres viventes. A vida não pode ser percebida sensorialmente como algo per se13, embora manifeste-se em fenômenos sensíveis14 (DOOYEWEERD, 1984a, p. 108–110).
    • Saúde, Biodiversidade, Proteção Ambiental.
    • Quão produtivo? Há relação fecunda, promotora de saúde, entre as coisas vivas?

Sensitiva (sensitividade)

  • A sensitividade é o núcleo de sentido desta modalidade, que é composta por elementos subjetivos do sentir que se apresentam como fenômenos em referência às qualidades sensoriais objetivas das coisas ou eventos (DOOYEWEERD, 1984a, p. 116–117).
    • Percepções com relação ao ambiente.
    • Quão estimulante? Os impactos percebidos são ameaçadores ou bem-vindos?

Fiducial (crenças)

  • Tem como núcleo de sentido crenças15, religiosas ou não, no sentido em que fundamentam convicções e comprometimentos. Deste modo, possibilita a fé, mas não como algo que está apenas acima da vida temporal, nem como mera função particular da existência humana que pode ser reduzida exclusivamente a fenômenos sociais, ritualísticos, cúlticos. Tampouco, é uma função da psyqué através da qual se obtém certeza direta e imediata de algo sem qualquer razão discursiva (DOOYEWEERD, 1984a, p. 299). A fé é inerente à existência humana, independente das convicções e comprometimentos que viabiliza, esteja ela relacionada a questões básicas, como a convicção de que uma cadeira não cairá se nela nos assentarmos (STRAUSS, 2009, p. 102), ou mais complexas, como a fé na razão, na história, num método, na ciência, no progresso, em Deus.
    • Comprometimento, Interesse, Visão.
    • Quão confiável? Quais crenças, cosmovisões, ideologias estão em jogo?

Histórica (poder formativo)

  • O conceito contemporâneo de cultura, lato sensu, é comumente aceito como algo que engloba um complexo de aspectos normativos. Já a ideia de história, também num sentido geral, pode ser compreendida como uma composição de eventos específicos associados à noção de tempo e causalidade. Na percepção de Dooyeweerd, que se distancia destas concepções, a história se dá pelo desenvolvimento da modelagem cultural possibilitada pela ação da mente humana e de relações sociais atualizadas em atos concretos (DOOYEWEERD, 1984a, p. p.228). Por- tanto, a ideia de poder formativo está relacionada à possibilidade de livre planejamento.
    • Criatividade, Desenvolvimento Cultural.
    • Quão criativo? Os desenvolvimentos são culturalmente apropriados e úteis?

Simbólico-Informacional (significação)

  • Modalidade que possibilita a informação, a significação simbólica, a compreensão e a expressão linguística dos símbolos através de leis específicas para princípios fonológicos, sintáticos, semânticos, semióticos. Tem como substrato modal a modalidade histórica, pois é coerentemente inseparável do desenvolvimento histórico e da modelagem cultural. Contudo, ainda que a linguagem seja responsável por dar significado ao sentido da história, não pode com esta ser con- fundida porque o sentido designativo permanece nesta modalidade (DOOYEWEERD, 1984a, p. 223). A linguagem possui historicidade, mas não é história.
    • Comunicações, Mídia.
    • Quão claro? Há comunicação aberta? Qual linguagem ou símbolos estão sendo utilizados?

Epistêmica (sabedoria)

Compreende-se por epistemologia multimodal a articulação entre três conceitos complexos fundamentais:

  • Informação;
  • Conhecimento;
  • Sabedoria.

Segundo De Raadt, a coerência intermodal é tal que possibilita um alto grau de homomorfismo entre as modalidades, de modo que “a ordem de uma modalidade pode ser parcialmente expressa nos termos da ordem de uma segunda modalidade” (DE RAADT, 1991, p. 4). Deste modo, é possível uma transposição de sentidos entre as modalidades16 de modo que uma pode representar metaforicamente outra; neste caso, a modalidade na qual se origina o sentido do aspecto que será transposto é chamada de fonte e as que recebem (traduzem) este sentido são chamadas de idiomas (DE RAADT, 1991, p. 9). Por exemplo, amor (modalidade ética) não é a mesma coisa que fé (modalidade fiducial), mas pode tornar-se uma expressão de fé, que caracteriza uma relação de homomorfismo na qual a modalidade fiducial torna-se um idioma para a ética17(DE RAADT, 1991, p. 27).

Da mesma forma, sentidos de outras modalidades podem ser transpostos para a modalidade simbólica-informacional e transformados em dados, em informação. Igualmente, aspectos econômicos presentes na realidade podem ser transpostos para a modalidade numérica e traduzidos em números, compondo informações que podem ser expressas em forma de equação matemática, informação que pode ser utilizada, por sua vez, para gerar um conhecimento econômico, por exemplo. Já a sabedoria é compreendida como resultado de um processo complexo que envolve três níveis:

  1. Aquisição de informação, que ocorre quando um sentido é transposto de um ou mais idiomas, ou seja, de outras modalidades, para a modalidade simbólico- informacional, transformando-se, portanto, em um dado;
  2. Obtenção de conhecimento, que ocorre através da modalidade epistêmica e é produto da análise e da organização coerente de dados, possibilitados pela modalidade simbólico-informacional;
  3. Por fim, a sabedoria é adquirida “quando todo o conhecimento em cada idioma é integrado em uma única e coerente unidade epistemológica”18(DE RAADT, 1991, p. 9).

Neste sentido, a ciência dá-se a partir de conhecimentos oriundos de diferentes modalidades; já a sapiência é produto da harmonização de saberes e práticas, sendo sua natureza, portanto, transdisciplinar, multi-idiomática (multimodal), integralizada, harmônica,

Social (sociação)

  • O núcleo de sentido da modalidade social não deve ser confundido com a noção de vida social, nem com uma ideia de sociedade como algo que engloba todas as modalidades normativas presentes na realidade (DOOYEWEERD, 1984a, p. 141). Na tradução inglesa de sua obra, Dooyeweerd utilizou o termo ’social interaction’ para denotar a essência desta modalidade. Mas, segundo Strauss, o termo interação não capta o sentido exclusivo desta modalidade porque a noção relacionada com o prefixo ’inter’ origina-se na modalidade espacial e a ideia de ’ação’ na modalidade física. Neste caso, o termo sociação (vergesellschaftung), cunhado inicialmente pelo sociólogo alemão Georg Simmel (SIMMEL; MORAES FILHO, 1983, p. 59–60), parece ser o mais adequado. Todavia, este conceito é utilizado aqui no sentido específico em que denota o elemento fundante de todo e qualquer fenômeno social e não as implicações teórico-metodológicas por ele propostas.
    • Coesão Social.
    • Quão sociável? Há cooperação e encorajamento? Quais comunidades e associações estão presentes?

Econômica (frugalidade)

  • Possibilita a administração de recursos com frugalidade e, com efeito, proporciona princípios para a evasão de meios excessivos para se alcançar qualquer objetivo (DOOYEWEERD, 1984a, p. 67). Assim, a aplicação técnica da ciência econômica, em seu sentido fundamental, pauta-se na busca pelo controle de recursos com grau máximo de eficiência.
    • Eficiência, Avaliação Econômica.
    • Quão valioso? É acessível, econômico, gerenciável?

Operacional (vocação)

  • Tem por núcleo de sentido a vocação, que possibilita o trabalho humano, compreendido aqui não como a simples execução de tarefas ou atividades, mas como um conjunto de ações formativas que operacionalizam o conteúdo da modalidade ética, sejam elas executadas individualmente ou, de forma mais geral, através dos sistemas sociais. No sentido em que promove a sustentabilidade de sistemas socioambientais o trabalho não se restringe ao cumprimento de tarefas, nem se reduz à busca de recursos financeiros com um fim em si mesmo, mas constitui-se como vocação, pessoal e institucional, com senso de propósito, chamado, cumprimento.
    • Trabalho, Modus Operandi, Gerenciamento.
    • Quão realizador é o trabalho? Qual o trabalho necessário?

Jurídica (obrigação)

  • A obrigação, que define o núcleo de sentido desta modalidade, é compreendida aqui no que se refere ao sentido técnico de conservação daquilo que é devido equitativamente.
    • Direitos e Deveres.
    • Quão justo? É justo e correto para todos os envolvidos? A ação ou decisão pode ser justificada? Há muita, ou pouca, regulamentação?

Estética (harmonia)

  • Modalidade composta por diversas normas estéticas, que possibilitam toda forma de arte que se manifesta através da individualidade humana. Tem como núcleo de sentido a harmonia em seu sentido original (DOOYEWEERD, 1984a, p. 128), que permite unidade na multiplicidade, não devendo ser confundida, portanto, com o conceito de beleza, que pode assumir formas distintas de expressão histórica.
    • Apelo Visual, Beleza Cênica, Estilo Arquitetônico.
    • Quão agradável e prazeroso? Há alguma alusão desafiadora, alguma nuance?

Ética (ágape)

  • O momento nuclear da modalidade ética é o amor, cujo sentido pleno é captado pelo termo grego ágape, que denota o amor divino, em contraste com o filial e ao erótico, eros. Trata-se do amor sacrificial, que demanda de seu praticante uma obrigação moral. É diferente do amor Eros, cuja apetência é voltada para a atração do objeto amado (DE RAADT, 2000, p. 31). De fato, explica Dooyeweerd, não há virtude moral verdadeira que em última instância não seja uma manifestação do amor ágape.
    • Questões Éticas.
    • Quão ético? As promessas estão sendo cumpridas ou quebradas? É amável, cuidadoso, sacrificial, seguro? Outridade.

Dogmatismo ou dialogismo?

A matriz multimodal não deve ser considerada, de modo algum, uma concepção dogmática, ou totalizadora, imposta a priori sobre a realidade na medida em que ela é fruto de uma reflexão sobre esta. Ela é um ponto de chegada, não de partida! Todavia, pode ser que ela não seja percebida desta forma. Tal impressão pode estar relacionada ao fato de que o PSM, assim como ocorre com outras perspectivas sistêmicas, busca uma compreensão acerca das características e inter-relações presentes no todo e nas partes, e entre estas e aquele, que juntos constituem a realidade empírica. Por causa dos limites do conhecimento humano, essas teorias podem ser abordadas com suspeição e espírito crítico, atitude em si salutar. Mas é preciso ter cautela para que importantes contribuições do PSM, ou outras teorias de orientação holística, não sejam descartadas a priori. Afinal, todo pesquisador possui uma perspectiva teórica acerca da totalidade, mesmo que sua proposta investigativa limite-se à compreensão apenas de parte desta. O que ocorre é que grande parte de seus pressupostos acerca da constituição da realidade como um todo são tácitos, repletos de lacunas e contradições.

Portanto, a tentativa de explicitar e de colocar ordem e coerência nesses pressupostos representa um esforço bastante frutífero, mesmo sabendo que somos limitados e que não podemos levar tal empreendimento a cabo exaustivamente. É exatamente por este motivo que o PSM almeja, sobretudo, ser uma proposta sempre aberta à verificação empírica e à problematização.

Breve consideração sobre as modalidades

Desde sua formulação, por Dooyeweerd, a Teoria das Esferas Modais é alvo de críticas ou propostas de revisão, principalmente no que tange a ordem, o número de modalidades e seus respectivos núcleos de sentido. O cientista político David T. Koyzis, por exemplo, propõe as seguintes modalidades (KOYZIS, 1993)19, das mais determinativas para as mais normativas:

Modalidade Núcleo de sentido
aritmética números; quantidade;
espacial extensão; espaço; dimensão;
cinemática movimento; energia; potência;
física matéria; substância; composição química;
biótica vida; animação; vitalidade;
psíquica sensitividade; percepção; consciência;
associativa intercurso social; associações interpessoais;
imaginativa criatividade; inovação; brincadeiras;
analítica lógica; racionalidade; teoria;
técnica fabricação de objetos (tangíveis ou não);
prática utilidade; aplicabilidade;
semântica linguagem; denotação; conotação; símbolos;
organizacional formação de comunidades humanas;
estética beleza; adequação; agradabilidade;
econômica mordomia; preservação; conservação; economia;
jurídica retribuição; justiça; equidade;
ética comprometimento; fidelidade; amor temporal;
confessional fé; convicção.

Outra crítica comum, no que tange a natureza das modalidades, é de que elas correspondem a uma visão estática da realidade. Segundo Andrew Basden, pesquisador na área de sistemas de informação da University of Salford, na Inglaterra, esta colocação também foi apresentada a ele, que a partir daí debruçou-se sobre a questão considerando-a como um desafio relevante. Considerando, neste caso, que a noção de dinâmica se refere não à simples noção de mudança ou movimento, mas a um tipo de liberdade que um ator social requer para mover-se, atuar, mudar da forma que escolher, de modo que cada ator possa escolher seus objetivos e fins. Sua conclusão é a de que o próprio núcleo de sentido das modalidades viabiliza tal noção de dinamismo (BASDEN, 2005). Isto posto, ele apresenta uma relação das modalidades juntamente com fatores que apontam intrinsecamente para a noção de dinamismo, que descrevemos abaixo (BASDEN, 2005):

Modalidades Núcleo de sentido
quantitativa mover-se para frente e para trás em séries infinitas
espacial extensão contínua
cinemática fluxo de movimento
energia a própria noção de energia pressupões movimento
biótica mudança contínua do ambiente; nascimento crescimento; morte
sensitiva sinais; nervos que atrofiam pelo desuso;
analítica realização de distinções a todo instante;
formativa alcançar objetivos; volição; história; progresso
linguística desatualização da informação; o significado dos símbolos muda continuamente; a dimensão temporal do enunciado
social interação social
econômica administração é uma atividade dinâmica
estética statis destroi a harmonia e a surpresa
jurídico o que é devido a uma entidade está sempre mudando porque a entidade está sempre mudando
ética o doar-se é sempre ativo
pístico na vida humana estamos continuamente realizando pequenos comprometimentos

Para o filósofo holandês René van Woudeberg, da Universidade Livre de Amsterdam, a teoria multimodal deve ser compreendida da seguinte forma:

[…] a teoria das modalidades não lida com coisas concretas (um concerto, uma visita ao porto, uma tempestade, uma pedra), mas com aspectos ou modalidades de coisas concretas. É importante ter isso em mente, pois é impossível pensar em aspectos totalmente isolados das coisas concretas. Aspectos existem em coisas concretas, não em si mesmas. Então eles não são “coisas”. Eles são uma resposta à pergunta “como?”, não à pergunta “o quê?”. […] Deve- mos acrescentar que as coisas podem “ter” esse aspecto de diferentes maneiras (WOUDENBERG, 1992, tradução nossa, grifo nosso).

Neste sentido, é possível dizer que a percepção das coisas não está dissociada de seu dinamismo inerente. Por fim, um ponto importante considerado por Basden é que a filosofia de Dooyeweerd não é muito conhecida no mainstream filosófico, isso poderia explicar a falta de críticas pertinentes de autores consagrados. É preciso considerar, também, que o fato de Dooyeweerd ter sido um autor cristão pode promover a falsa ideia de que sua filosofia seja rasa ou confundida com uma teologia. Uma outra questão, que vale a pena citar, diz respeito à possibilidade de aplicação do MSM como um metamodelo. Esta proposta foi desenvolvida por Casiello (2008), que faz uma analogia entre matéria e forma, sendo a forma composta pela ideia de matriz criacional e a matéria as possíveis incorporações de diferentes teorias a partir de cada modalidade. Em suas palavras:

Embora o MSM seja uma metodologia bem estabelecida, ela foi desenvolvida de modo que permite alguma flexibilidade, podendo ser explorada, portanto, como uma metametodologia. Com isso, nos referimos a uma metodologia que inclui outras metodologias específicas: um campo metodológico. A primeira flexibilidade é que, embora mantendo a forma modal, a seleção e a ordem das modalidades ainda podem ser escolhidas. A segunda flexibilidade é que, dentro do arranjo modal, é possível selecionar uma doutrina ou teoria particular para cada modalidade específica, isto é, escolher uma questão doutrinária particular. Muitos assuntos doutrinários poderão se encaixar em uma estrutura multimodal. Mas, para ser considerada uma doutrina multimodal, ela deve guardar os seguintes princípios básicos: 1) a realidade pode ser pensada como expressa por meio de várias modalidades ou modos de ser; 2) o arranjo é hierárquico, de modo que os diferentes modos são ordenados de baixo para cima; 3) a relação entre as modalidades pode ser pensada de tal forma que as modalidades inferiores possuem um caráter determinativo com relação às superiores, e estas últimas uma relação normativa sobre as primeiras (CASIELLO, 2008, p. 3).

Coerência modal, analogia e intradisciplinaridade

A coerência existente na matriz modal é inquebrável. Uma contagem numérica, por exemplo, não é possível sem que haja distinção, ou seja, a modalidade quantitativa pressupõe a distintiva. Igualmente, um conjunto qualquer de entidades só pode ser abordado quantitativamente se anteriormente for percebido sensorialmente. Outrossim, um registro simbólico desta contagem só é possível através da modalidade informacional, que por sua vez só é compreensível para os membros de uma sociedade na medida em que corresponde a um padrão socialmente estabelecido, possibilitado pela modalidade social. A coerência modal também possibilita a analogia. Segundo Strauss, “sempre que uma similaridade se mostra num momento de diferença – ou vice-versa – encontramos a natureza da analogia” (STRAUSS, 2005, p. 9, tradução nossa, grifo nosso), ela é constituída por “similaridades-apresentadas-nas-diferenças” (STRAUSS, 2005, p.14, tradução nossa). Por exemplo, quando tomamos o conceito de distância social percebemos que ele é fruto de uma relação analógica estabelecida entre as modalidades social e espacial respectivamente. Poderíamos, ainda, referir-nos ao conceito de vida social, que inter-relaciona as modalidades social e biótica. Vejamos mais alguns exemplos de analogias que envolvem a modalidade espacial:

Na física alguém me fala de espaço físico; em biologia, de espaço biológico (ecologia), ou de milieu biológico (umwelt); em psicologia, dos espaços de percepção sensória; na lógica, da extensão lógica ou espaço formal analítico; em jurisprudência, de espaço jurídico ou do domínio no qual as normas legais são válidas; em economia, do espaço econômico, etc. Todos esses conceitos analógicos do espaço estão, em última análise, relacionados ao núcleo de sentido do aspecto espacial: a extensão. Entretanto, no uso analógico do conceito está alguma coisa mais que apenas a noção de espacialidade pura no sentido original de uma extensão dimensional ininterrupta na qual há simultaneidade completa de todos os seus pontos. Não importando se essa espacialidade original é pensada metricamente de um modo Euclidiano ou não- Euclidiano, ela não é qualificada como tal de um modo físico, ou biológico, ou sensório, ou lógico, ou histórico, ou econômico, ou jurídico (DOOYEWEERD, 2009, p. 55).

A analogia pode ocorrer entre entidades diferentes, podendo, neste caso, a relação estabelecida também ser chamada de metáfora (STRAUSS, 2005, p. 14. A percepção deste caráter analógico da realidade é importante para nossa investigação porque permite-nos explorar o que torna possível a intradisciplinaridade. Neste sentido, a criação de subdisciplinas na sociologia, por exemplo, também está relacionada com a exploração científica das inter-relações sistêmicas que surgem desde a modalidade social com as demais, relações que, com efeito, trazem à tona diversas possibilidades de investigação empírica, conceitualizações, construções teóricas.

Funções ativas e passivas

Qualquer tipo de sistema funciona ativamente dentro da matriz multimodal, partindo das leis presentes desde a primeira modalidade e sucessivamente até aquela que o qualifica. A partir daí ele continua a funcionar, mas de modo passivo. O ser humano é o único que foge a esta regra e funciona ativamente em todas as modalidades, não sendo qualificado exclusivamente por nenhuma delas. Segundo Strauss:

Seres humanos não podem ser totalmente caracterizados em termos de um único aspecto da realidade. Tal ideia é encontrada em afirmações de que o ser humano é um ser moral-racional, um ser social, um ser econômico (homo economicus), um ser simbólico (homo symbolicus), e assim por diante. Seres humanos funcionam em todos estes aspectos sem serem completamente absorvidos por apenas um deles. Além disso, cada ser humano, individualmente, pode assumir uma multiplicidade de funções sociais dentro de uma sociedade diferenciada sem, contudo, ser esgotado por nenhuma delas. (STRAUSS, 2009, p. 127, nota 22, tradução nossa).

Já uma árvore, por exemplo, funciona ativamente nas modalidades numérica, espacial, cinemática, física, regulatória e biótica, e passivamente nas demais. Isto implica que ela pode ser percebida pelos nossos sentidos, porque funciona passivamente na modalidade sensitiva; além disso, pode ser considerada como sagrada com base em uma crença específica (modalidade fiducial), também pode ser tomada como ponto de referência para encontros de um grupo social específico (modalidade social) e possui valor econômico (modalidade econômica). No que diz respeito à preservação ambiental, esta percepção nos permite diferenciar entre a qualificação biótica que uma árvore possui ativamente e o valor econômico a ela conferido. Neste caso, ainda que possa ser mensurada economicamente ela não pode ser determinada exclusivamente pela modalidade econômica. Essa distinção entre funções ativas e passivas, portanto, viabiliza uma percepção crítica acerca da sustentabilidade.

Nexos condicionantes e normativos

Segundo De Raadt (2000), a ordem da matriz modal também determina a maneira como as modalidades se inter-relacionam. Assim, o nexo que há entre uma modalidade que antecede outra é chamado de nexo condicionante; já o nexo entre uma modalidade posterior e outra anterior é chamado nexo normativo. Deste modo, as modalidades anteriores fundamentam as posteriores ao mesmo tempo em que são influenciadas por estas. Para compreendermos melhor estas inter-relações, tomemos como exemplo a recente descoberta de petróleo na camada Pré-Sal em território brasileiro. Essas jazidas encontram-se a mais de 7.000m de profundidade (modalidade espacial), o que representa um grande desafio técnico, pois toda uma nova tecnologia (modalidade histórica) precisa ser desenvolvida para que a exploração (modalidade operacional) seja viável.

Neste caso, a localização das jazidas (modalidade espacial) pode condicionar o êxito ou o fracasso da exploração. Mas é possível que novas técnicas sejam desenvolvidas para influenciar estas determinações físicas alterando-as, o que já está sendo feito. Para tanto, é preciso visão (modalidade fiducial), conhecimento (modalidade epistêmica), altos investimentos (econômica), trabalho em conjunto (social), cuidado ambiental – que pode ser visto como um valor (ética) e como guia para as ações práticas (operacional.

Neste sentido, podemos dizer que um vazamento de óleo em alto mar estabelece, por exemplo, um nexo condicionante e de impacto negativo entre o petróleo vazado (modalidades: numérica, espacial, cinemática, física) e os sistemas marítimos (modalidades: numérica, espacial, cinemática, física, regulatória, biótica).

Ainda sobre a ordem determinativa e normativa das modalidades e seus nexos, De Raadt posiciona-se de modo diferente de Dooyeweerd. Para Dooyeweerd as modalidades estão divididas entre estes dois grupos apenas, normativas e determinativas. Em contrapartida:

Eu adotei uma visão ligeiramente diferente da definição dooyeweerdiana de ordem normativa. Eu considero como normativo o tipo de ordem que envolve diretamente a responsabilidade humana. Trata-se de um dever, que esboça para nós um padrão de virtude e da nobreza humana, além do curso e do destino para uma vida civilizada e culta. Em suma, é a visão da bondade em todo o seu esplendor. A ordem normativa, a meu ver, difunde-se por todas as modalidades - inclusive as quatro inferiores - com um grau de intensidade variável: mais forte no nível superior e mais fraca nos níveis inferiores, de modo que as modalidades éticas e jurídicas são mais normativas do que a física e numérica (DE RAADT; DE RAADT, 2014, p. 21–22).

Deste modo, se para Dooyeweerd a matriz modal é dicotomizada entre normativas e determinativas, para De Raadt a normatividade, é o específico dever intrínseco a ela, permeia todas as modalidades, formando um gráfico em curva. Obviamente as mais determinativas envolvem um percentual menor que as mais normativas. Para a questão socioambiental, a abordagem de radtiana é muito importante. Como ele mesmo afirma:

Acho importante que reconheçamos nosso dever normativo também nas modalidades naturais, especialmente no que diz respeito ao meio ambiente. É importante porque, a partir de uma cosmovisão que considera a natureza acessível à toda exploração desenfreada, acabamos nos voltando para o extremo oposto que venera a natureza e considera a humanidade como uma maldição sobre ela (DE RAADT; DE RAADT, 2014, p. 21–22).

Com efeito, a partir deste princípio podemos evitar estes extremos, pois tanto uma erupção vulcânica quanto uma indústria moderna podem gerar poluição e destruição, explica De Raadt. Neste sentido, é preciso proteger a natureza a ação destruidora humana da mesma forma que nós nos protegemos de calamidades naturais.

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Notas


  1. Para uma introdução sobre o pensamento de Dooyeweerd, elaborada pelo próprio autor, veja os primeiros capítulos de sua obra _Encyclopedia of the science of law _(2006). Para estudos avançados, sua obra magna A New Critique of Theorethical Thought(1984a) é leitura obrigatória. ↩︎

  2. O que ocorre, de fato, é que Dooyeweerd fundou uma escola de pensamento que conta atualmente com representantes de diversas áreas do conhecimento e membros de várias instituições acadêmicas de renome mundial. Todavia, até o momento, seu pensamento continua praticamente desconhecido no meio acadêmico brasileiro. ↩︎

  3. Neste trabalho utilizaremos o termo modalidade para denotar um meio que torna algo possível; já o termo aspecto será utilizado para enfatizar as representações da diversidade possibilitada por uma modalidade. ↩︎

  4. Enquanto a maioria das teorias sistêmicas baseia-se em pressupostos evolucionistas, o PSM se fundamentada na Ideia-de-Criação. De modo geral, no atual contexto de pesquisa nas Ciências Sociais, podemos dizer que esta Ideia não é considerada como ontologicamente válida nem epistemologicamente viável, mas acreditamos justamente no contrário e, além disso, que ela se traduz em oportunidade para novas possibilidades de investigação. A crise socioambiental que enfrentamos clama por novos diálogos; somos, então, convidados pela maturidade e pelo cavalheirismo. ↩︎

  5. Por causa desta característica, o sistema de pensamento de Dooyeweerd também é chamado de Filosofia da Ideia de Lei (Wijsbegeerte der Wetsidee), ou, simplesmente, Filosofia Cosmonômica ↩︎

  6. Dooyeweerd chamou estes conjuntos de Esferas de Leis↩︎

  7. Conceito cunhado inicialmente por Simmel (1983), aplicado aqui stricto sensu para denotar a especificidade fundamental do fenômeno de interação social. Mais informações, conferir Strauss (STRAUSS, 2009, p. 96–97). ↩︎

  8. Palavra grega que denota amor sacrificial. ↩︎

  9. A ordem das diferentes modalidades, portanto, não deve ser interpretada como uma organização de classes de conhecimento, ou um tipo de hierarquia de disciplinas e conhecimentos científicos, ela os precede, e por isso os torna possível. ↩︎

  10. O filósofo Sul-Africano Daniel Strauss oferece, em uma de suas principais obras, uma série de critérios para a identificação das modalidades (STRAUSS, 2009, p. 77–79) ↩︎

  11. Casiello e De Raadt chamam esta modalidade de Lógica, mas acreditamos que o termo ’distintiva’ enfatiza o caráter de ordem que ela imprime na realidade e não uma fundamentação lógica de senti-do matemático-analítico, cujo sentido desenvolve-se a partir da modalidade epistêmica. ↩︎

  12. A consideração da modalidade física juntamente com a cinemática é estudada pela mecânica (DOOYEWEERD, 1984b, p. 99), mas da mesma forma que a cinemática pode definir o conceito de movimento uniforme sem nenhuma referência à força causal, o conceito físico de aceleração não pertence à cinemática, mas à física (DOOYEWEERD, 1984b, p. 99), apontando, assim, para uma distinção modal. ↩︎

  13. O biólogo Ernst Mayr concorda que não há como definir vida, não havendo, portanto, substância, objeto, ou força especial que se possa chamar vida (EL-HANI; VIDEIRA, 2000). ↩︎

  14. A tentativa de reduzir a vida a algo puramente mecânico ou químico é confrontada com a experiência empírica que nos mostra sua transcendência a esses aspectos. É por isso que não se podem gerar organismos vivos exclusivamente por combinações químicas, ainda que estas lhes sejam fundamentais. ↩︎

  15. Diferentemente de De Raadt e Casiello, Dooyeweerd e Strauss a identificam como sendo a última modalidade na escala modal. ↩︎

  16. Este fenômeno é chamado por De Raadt de transdução. ↩︎

  17. A noção de saber ambiental, proposta por Leff (2006), constitui-se numa ética que precisa ser trans- posta para as demais modalidades, neste sentido ela é apropriada de modo transdisciplinar. Igualmente, sua noção de outridade pode ser ampliada pela compreensão do amor ágape como núcleo de sentido da modalidade ética, uma vez que não é somente necessário “considerar"o outro, mas sacrificar-se em prol dele. ↩︎

  18. Acreditamos que uma importante reflexão pode ser desenvolvida a partir desta noção de sabedoria com a noção de práxis marxiana, uma vez que a sabedoria não pode estar dissociada da ação ativa, empiricamente aplicada. B) Conhecimento Formal, Informal e Tradicional, Análise. C) Quão inteligível e aplicável? Há coerência interna e externa? Qual o grau de aplicabilidade? ↩︎

  19. Em seu artigo, Koyzis faz questão de enfatizar que sua reflexão sobre as modalidades não é, de modo algum, definitiva. Trata-se, para ele, de um trabalho em andamento e alvo de reflexão com o passar dos anos. Sua postura apenas enfatiza que a matriz multimodal não é um ponto de partida, mas de chegada que constantemente deve se submeter à crítica. ↩︎